encostado à parede do moinho
tomada pelo musgo
observo descrevendo
envolvida pela neblina
que dança com a vegetação
destacas-te como Aurora
dentro do teu vestido alvo
molhas timidamente o pé desnudo
no ribeiro fresco e musical
por fim
o cheiro da erva
lambida pelo orvalho
completa esta pintura
ao meus olhos
a neblina a água eu
os três rendidos
à tua doce figura
agora sim
poderia deixar de ver
terça-feira, 28 de maio de 2013
quinta-feira, 23 de maio de 2013
arrogantes
arrogantes estas paredes que nos separam
vizinhos
não seremos todos donos do mesmo espaço?
espaço
esta mania da metafísica, horrenda
não partilhamos todos os mesmo pensamentos?
uma só vez
uma que seja, todos
somos feitos de pensamentos
do detalhe ao megalómano
do megalómano ao detalhe
somos feitos de detalhes
as moléculas
serão elas pensamentos?
vizinhos
não seremos todos donos do mesmo espaço?
espaço
esta mania da metafísica, horrenda
não partilhamos todos os mesmo pensamentos?
uma só vez
uma que seja, todos
somos feitos de pensamentos
do detalhe ao megalómano
do megalómano ao detalhe
somos feitos de detalhes
as moléculas
serão elas pensamentos?
terça-feira, 14 de maio de 2013
nomes
gravamos nossos nomes nas árvores
não é que elas tenham culpa de nós
ou de nos termos conhecido
mas
elas entendem
não é que elas tenham culpa de nós
ou de nos termos conhecido
mas
elas entendem
segunda-feira, 13 de maio de 2013
estátuas
passamos a correr
num frenesim
sem dar tempo de apreciar
quem por nós passa
com esta mania do entreolhar
o olhar dissipa-se
esta tal mania prende-nos o olhar
faz-nos estátuas
mas destas que teimam em não parar
damos mais valor ao que nos rodeia
esta massa que nos envolve
somos estátuas
de calcário rotineiro
num frenesim
sem dar tempo de apreciar
quem por nós passa
com esta mania do entreolhar
o olhar dissipa-se
esta tal mania prende-nos o olhar
faz-nos estátuas
mas destas que teimam em não parar
damos mais valor ao que nos rodeia
esta massa que nos envolve
somos estátuas
de calcário rotineiro
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